segunda-feira, 7 de novembro de 2016

A RUA SANTO INÁCIO DE LOIOLA

  A Rua Santo Inácio de Loiola era um lugar com muitas arvores nativas, como bananeiras, jaqueiras, mangueiras e também um lugar de mangue, pois corre um rio em sua parte mais baixa, o rio Saboeiro, que hoje está poluído e já foi até coberto por uma laje de concreto. Possuía uma cachoeira muito bonita, localizada no bairro de Babilônia, que desapareceu com a poluição. O riacho era local de caça de rãs e sarigueis; lembro-me de quando criança, ouvir os gritos e o barulho da correria dos rapazes quando achavam algum desses animais. As rãs eram vendidas aos restaurantes locais para serem saboreadas por seus clientes e os sarigueis eram apreciados por eles e os vizinhos que gostavam. Os moradores contam que quando chovia o rio transbordava e invadia as casas. 
 A Rua Santo Inácio de Loiola é uma rua residencial, simples, estreita, com uma parte baixa - ao nível do rio e uma parte alta. Não tem mercados, nem vendas, só na Vila Dois Irmãos. Entra carro somente por um lado da rua.
 Entrevistei um morador antigo do bairro. Ele tem 62 anos e conta que morava em Nazaré de aluguel e comprou um lote nessa rua e que quando foi morar lá, ainda não tinha as casas que hoje tem por lá. A rua ainda não era urbanizada, não tinha luz elétrica, nem a escada, era tudo barro. Depois de alguns anos foi chegando mais e mais moradores e a configuração da rua mudou completamente. O mangue foi assoreado e construiu-se casas no lugar. Na casa dele e em outra mais longe, havia uma fonte que servia a ele e aos seus vizinhos quando faltava água. Nos tempos de chuva a fonte enchia até a borda. Depois que tiraram o lixo do rio e o cobriram, a água da fonte secou-se. 









Santo Inácio de Loyola (1491-1556)

Era um fidalgo espanhol, que, ferido em batalha, em 1521, passou algumas semanas entre a vida e a morte. Nesse período, dedicou-se à leitura de textos religiosos e a reflexões filosóficas.

Em 1522, fez peregrinação a Montserrat, no nordeste da Espanha, onde deixou suas armas e ambições pessoais. Passou a orar diariamente e começou a escrever seu livro Exercícios Espirituais. Visitou Jerusalém (1523) e ordenou-se padre em Paris (1537).

Em 1534, formou um grupo religioso a serviço do Papa Paulo III, que veio a se transformar na Companhia de Jesus em 1540. Quando faleceu em 1556, já existiam cerca de mil jesuítas em doze unidades administrativas, sendo dez na Europa, uma na Índia e outra no Brasil, além de missionários no Congo e na Etiópia.






REFERÊNCIAS:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Carreira_da_india

http://www.cidade-salvador.com/seculo18/heliana-rocha.pdf
Rocha, Heliana Faria Mettig
Visualização  Urbana  Digital:  Sistema  de  Informações
  Geográficas  e  Históricas  para  o
Bairro do Comércio - Salvador / Heliana Faria Metti
g Rocha. – Salvador, 2007.

https://ungareia.wordpress.com/  

http://www.historia-brasil.com/colonia/jesuitas.htm> acesso em 23 de set. as 18:40
http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Pelas%20ruas%20da%20Bahia.pdf


https://www.passeidireto.com/arquivo/3409445/livro-caminho-das-aguas---salvador/40

https://pt.wikipedia.org/wiki/Carreira_da_%C3%8Dndia
https://www.quitandinhaemcasa.com.br/laranja-bahia-organica#.WCGtBMkvZuw



MATTA, Alfredo. História da Bahia: licenciatura em história. Salvador. Eduneb, 2013.





6 comentários:

  1. Parabéns! através de pesquisas como esta é que conhecemos nossa cidade e nossos bairros.

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    1. Obrigada Du Santos. É verdade, descobrir muitas coisas que também desconhecia.

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  2. um Conteúdo muito construtivo, nao sabia da história de sr°Inácio, muitas vezes estamos vendo ou falando e ate mesmo morando e n sabemos d onde veio ecom surgiu muito interessante.passei tanto tempo morando nesta rua n sabia nd disso.

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    1. Com certeza mana, é uma pena que essas histórias não são contadas, ficam muitas vezes esquecidas. Mas aqui está um pouco da história de nossa rua, vale a pena ler.

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Parabéns pelo blog Ale, amei conhecer a história dessa rua. O mais interresante foi descobrir que a rua tem o nome de um fidalgo espanhol, realmente surpreendente. Como eu não conheço bem Salvador ler esses conteúdos sobre as historias das ruas dessa cidade maravilhosa tem sido realmente acrescentador em minha vida acadêmica. Uma verdadeira viagem ao tempo sem sair do sofá de casa. excelente trabalho!

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